Santuário Arquidiocesano São Miguel e Almas

História

Comunidade Nossa Senhora
Rosa Mística

    Endereço: Rua Rubem Esteves Ruffo, 300 - Bairro: São João Paulo II - Missa: 2ª sexta-feira do mês – 19h

    Desde os primeiros séculos, os cristãos têm dedicado especial reverência à Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo. As primeiras representações iconográficas da Virgem Maria são as encontradas nas catacumbas romanas representando a Virgem Orante, ou seja, sozinha, em pé e de braços abertos. Com o Concílio de Éfeso houve um grande incentivo ao culto da Virgem Maria, destacando-se o seu papel de Mãe de Deus. A devoção dos povos foi criando uma série de invocações, pelas quais estes mesmos povos devotavam sua devoção à Mãe de Deus. Estas invocações, conforme sua origem podem ser de três naturezas: Litúrgica: compreende as invocações criadas pela Igreja e estão relacionadas ás comemorações litúrgicas. Histórica: compreende de modo abrangente, as invocações surgidas ao longo da história do cristianismo, referindo-se, geralmente, aos lugares onde determinado culto da Virgem Maria foi iniciado. Popular: compreende as invocações surgidas da devoção popular, conforme as necessidades. Nossa Senhora da Rosa Mística é a denominação atribuída à Maria, mãe de Jesus em uma de suas muitas aparições. Em 1947, em Montechiari, situada a alguns quilômetros de Bréscia, norte da Itália, uma enfermeira chamada PierinaGilli, encontrava-se num quarto do hospital onde trabalhava, quando teve uma visão de uma belíssima Senhora vestida com uma túnica púrpura e com um véu branco cobrindo-lhe a cabeça. Em seu peito estavam encravadas três espadas e seu celestial rosto tinha feições muito tristes. A Virgem chorava e disse em sua primeira aparição disse: "Oração, Penitência e Expiação". Na segunda aparição a Virgem apresenta-se de branco e em lugar das três espadas traz no peito três rosas: uma branca, uma vermelha e outra amarela. A Virgem disse a Pierina que o Senhor a enviara especialmente para ajudar os sacerdotes e as ordens religiosas. A Virgem explicou também o significado das espadas e das três rosas: a primeira espada: representa a escassez das vocações; a segunda espada: representava os pecados mortais dos sacerdotes, monges e monjas; a terceira espada: era por causa dos sacerdotes e monges que cometem a mesma traição de Judas; a rosa branca: o espírito de oração; a rosa vermelha: o espírito de expiação e sacrifício; a rosa amarela: o espírito de penitência. Esta devoção à Maria Santíssima há vinte e cinco anos tem papel fundamental na evangelização nos Bairro João Paulo II (antigo Jaraguá) e São Miguel, pois ali em meados de 1987 foi fundada pelo Sr. José Modesto Ribeiro (Zezinho Sacadura) a Capela dedicada a Nossa Senhora Rosa Mística. Seguindo os ensinamentos de Maria, que nos pede a oração do terço, o Sr. Zezinho com o apoio da Sra. Geraldina Freitas de Andrade (D. Nenda) e de outras moradoras das imediações iniciaram a reza do terço e começaram a arrecadar fundos para a construção da Capela em um terreno doado pelo então prefeito José Antônio Pedro. A Capela ficou pronta em 20 de maio de 1988, mas sem, contudo pertencer a uma das duas Paróquias existentes. Neste momento foi muito importante o trabalho do padre Miguel Luiz de Souza que dava toda assistência à comunidade. Com a chegada do padre José de Anchieta a Comunidade Nossa Senhora Rosa Mística é estruturada verdadeiramente como Comunidade Paroquial (pertencente à Paróquia de São Sebastião), pois foi entronizado o Santíssimo Sacramento e criadas todas as pastorais.
    Estando geograficamente mais perto da Paróquia de São Miguel e Almas e pertencendo a Paróquia de São Sebastião, a Comunidade Rosa Mística estava muito próxima de outros movimentos surgidos na Paróquia de São Miguel, então o Bispo Dom Eurico com os Párocos de São Sebastião e São Miguel decidiram em 2005 transferir a Comunidade Rosa Mística para a Paróquia de São Miguel e Almas.

      São vinte e cinco anos de evangelização iniciados oficialmente no dia 20 de junho de 1989 que despertam em nós o espírito de oração, expiação e sacrifício e penitência; são vinte e cinco anos de amor à Maria, o primeiro sacrário de Jesus na terra; são vinte e cinco anos de trabalho de muitos que por ali passaram doando seu tempo em prol da construção do Reino, e que comemoramos com o tríduo de 03 a 06 de julho de 2014. O Ano Jubilar, portanto, é um novo começo, uma nova criação onde “O Espírito do Senhor está sobre mim porque ele me consagrou com o óleo, para levar a Boa Nova aos pobres; enviou-me para proclamar aos prisioneiros a libertação e aos cegos a recuperação da vista; dar liberdade aos oprimidos, e proclamar o ano de graça do Senhor” (Lc4, 18-19: cf. Is 61, 1-2).

      PARABÉNS, COMUNIDADE NOSSA SENHORA ROSA MÍSTICA!

      Ana Maria Marques Dias - Divisão de Arquivo Público e Patrimônio Cultural.

      Referências bibliográficas • FONSECA, Luiz Mauro Andrade da. O Arraial e o Distrito de João Gomes (História Antiga de Santos Dumont. Minas Gerais).- Barbacena: Centro Gráfico e Editora,2013. • BRANCO, Oswaldo Henrique Castello.Uma cidade à beira do Caminho Novo. Vozes Ltda,1988.

      "Oração, penitência e Expiação"

      Em uma pequena cidade da Itália chamada Montichiari e no vilarejo chamado Fontanelle da mesma cidade, no ano de 1946, Nossa Senhora apareceu para uma enfermeira chamada Pierina Gilli, nascida no dia 03 de agosto de 1911 (e faleceu no dia 12 de janeiro de 1991). Em 1944, Santa Maria Crucifixa Di Rosa, fundadora das Servas da Caridade, passou a aparecer para Pierina. A primeira etapa das aparições de Nossa Senhora, foi na cidade de Montichiari no dia 23 para o dia 24 de novembro de 1946 e terminaram em 08 de dezembro de 1947. Pierina permaneceu dezenove anos junto às irmãs do Lírio, de Bréscia, acolhida por caridade. Neste período sofreu a paixão de Nosso Senhor. A segunda etapa das aparições, ainda foi em Bréscia, junto as Irmãs do Lírio, em 05 de abril de 1960. A terceira etapa das aparições foi no vilarejo de Fontanelle no dia 14 de abril de 1966 e terminaram praticamente com a sua morte em janeiro de 1991. Nossa Senhora trazia cravada no peito enormes espadas. Juntamente com a Virgem Santíssima, apareceu Santa Maria Crucifixa que explicou para Pierina o significado das três espadas: · a 1a simboliza a ruína da vocação sacerdotal e religiosa; · a 2a simboliza a vida pecaminosa que muitos sacerdotes levam; · a 3a simboliza a traição de Judas e o ódio contra a Igreja e dos sacerdotes que se tornam indignos de exercer seu ministério. Enquanto Santa Maria Crucifixa falava, a linda Senhora aproximou – se de mim, diz Pierina, então pude enxergar duas espessas lágrimas que corriam de seus olhos e percebi a sua doce voz que dizia: “Oração, sacrifício e penitencia”. Na aparição seguinte dia 13 de julho de 1947, Nossa Senhora aparece com três lindíssimas rosas no lugar das espadas, de cor branca, vermelha e amarela dourada, que significam : · Rosa branca indica o espírito de oração; · Rosa vermelha indica o espírito de sacrifício e de abnegação; · Rosa amarela dourada indica o espírito de penitencia. Em seguida, tomando a palavra com um tom de voz de autoridade, que nos transmita uma ordem recebida de Deus, disse: “Nosso Senhor envia – me para levar uma nova devoção Mariana em todos os institutos e congregações religiosas, masculinas e femininas, também os sacerdotes seculares. Prometo a todos os institutos ou congregações que me honrarem que serão por mim protegidos, terão uma maior florescência de devoções e menos vocações traídas, menos pessoas que ofendem ao Senhor como pecado mortal e grande santidade entre os ministros de Deus”.